O italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia. Ele estava foragido desde dezembro, quando o governo do então presidente Michel Temer decidiu pela extradição para a Itália, onde é acusado de cometer crimes. Battisti foi capturado na Bolívia, confirmaram à Coluna fontes da Polícia Federal no Brasil.

Os detalhes da prisão estão sendo mantidos em sigilo.

Pelo twitter, o procurador Vladmir Aras comentou a prisão. Segundo ele, “há duas soluções para que ele passe à custódia de autoridades italianas: 1) um novo processo de extradição, pedido por Roma a La Paz. Seria o terceiro: França, Brasil, Bolívia; ou 2) uma medida migratória similar a deportação ou expulsão, aplicada imediatamente a Battisti pelas autoridades bolivianas, pois é provável que sua entrada na Bolívia tenha ocorrido de maneira irregular e que sua estada também o seja. Ele voltaria ao Brasil e seria entregue à Itália.”

Aras foi secretário de Cooperação Jurídica Internacional da PGR entre 2013 e 2017.

A fuga de Battista foi considerada internamente na PF como um dos maiores erros da gestão de Rogério Galloro, substituído por Maurício Valeixo que assumiu a direção-geral da PF no governo Bolsonaro.

A prisão de Battisti foi decretada pelo ministro Luiz Fux no dia 13 de dezembro do ano passado. Ele foi condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos 1970.

A extradição de Battisti é uma agenda do novo governo. Ainda durante a transição, Bolsonaro se reuniu com representantes do governo italiano para tratar do assunto.

 

(Com Estadão / Andreza Matais)

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